sábado, 19 de setembro de 2009

Dados apontam avanços no no trabalho e renda no RN

No minuto.com

O acesso ao mercado de trabalho aumentou e a concentração de renda diminuiu no Rio Grande do Norte. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada em 2008 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o número de pessoas trabalhando no RN aumentou 3,46% com relação a 2007 e que o índice Gini (que mede a concentração de renda) diminuiu de 0,549 em 2006 para 0,543 em 2008. Segundo a pesquisa, a média do rendimento mensal das pessoas ocupadas no Estado passou de R$739 em 2007, para R$768 em 2008, registrando um aumento de R$29.

A comparação com as médias nacional e de outros estados mostra, entretanto, que a realidade não é tão satisfatória. Apesar da melhora na distribuição de renda e do maior acesso ao mercado de trabalho, o RN é o estado nordestino com o quarto maior índice de desigualdade social e está acima da média nacional, que é de 0,531. Quanto à taxa de desocupação (pessoas sem trabalhar), o RN também apresentou o 4º pior índice do Nordeste, com 7,3% e também ficou acima da média do país, de 7,1%. Enquanto isso, o trabalho infantil continua intenso no Estado e o número de pessoas entre 10 e 17 anos trabalhando em 2008 era de 83.000 crianças e adolescentes.

No que se refere à educação, mais pessoas tiveram acesso ao ensino superior em 2008 devido ao aumento do número de redes particulares de ensino. No RN, de todos os estudantes em nível superior no ano passado, 60% estavam na rede privada. Apesar da melhoria do acesso à educação, a qualidade do ensino ainda deixa a desejar. Aliado a evasão escolar, o analfabetismo é preocupação para o RN. A média de analfabetismo no Estado diminuiu de 24,57% 2002, para 20,74% em 2008, mas ainda supera muito a média nacional, que é de 11,48%.

A organização da família mostra uma redução no crescimento da população no país. O número de pessoas que vive sozinha aumentou, enquanto o número médio de pessoas por domicílio diminuiu. Além disso, o número de filhos por mulher mostra que a taxa de fecundidade também diminuiu e a participação da mulher como principal membro da família quase dobrou nos últimos sete anos, indo de 25,17% em 2001, para 41,09% em 2008.

De acordo com Ivanilton Passos, a mudança representa a necessidade de acompanhar a nova dinâmica socioeconômica. “Os padrões de organização da família potiguar estão mudado em face aos novos valores culturais e, também, visando acompanhar a dinâmica cada vez mais exigente, no que se refere às condições necessárias para sua reprodução”, disse o analista do IBGE. É o caso da advogada Daniela Araújo, que vai se casar próximo ano e não pretende ter mais do que um filho. “Eu acho complicado conciliar filho com trabalho, casa e marido. Criança precisa de dedicação e é muita responsabilidade”, disse.


Mais informações no site www.ibge.gov.br

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